Senador Bernie Sanders foi o autor da proposta aprovada no Senado dos EUA (Manoel Ngan/AFP)

Até o Senado dos Estados Unidos aprovou por unanimidade, na noite da quarta-feira (28), uma resolução inédita – apresentada pelo senador Bernie Sanders e outros cinco senadores democratas – em apoio à democracia no Brasil, que, no próximo domingo (2), irá às urnas para eleger o presidente, governadores, congressistas e parlamentos estaduais.

Em sua defesa da medida, no plenário do Senado, Sanders afirmou que o texto não era favorável a qualquer candidato e sim ao processo democrático no Brasil. “É importante que o povo brasileiro saiba que estamos do lado deles, do lado da democracia. Com a aprovação desta resolução, estamos enviando essa mensagem”, acrescentou.

A aprovação acontece a apenas quatro dias da eleição no Brasil e, após repetidas acusações, sem provas, do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, contra as urnas eletrônicas, base do sistema eleitoral brasileiro, e contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por ele dito “parcial”. Conforme as pesquisas eleitorais, Bolsonaro está atrás do ex-presidente Lula.

“Não estamos tomando lado na eleição brasileira, o que estamos fazendo é expressar o consenso do Senado de que o governo dos EUA deve deixar inequivocamente claro que a continuidade da relação entre Brasil e EUA depende do compromisso do governo do Brasil com democracia e os direitos humanos”, afirmou Sanders.

Também assinam a resolução os senadores Tim Kaine, chefe do subcomitê de Relações Exteriores do Congresso para o Hemisfério Ocidental; Patrick Leahy, Jeff Merkley, Richard Blumenthal e Elizabeth Warren. A medida não contava com apoio declarado de nenhum republicano, mas, pelas regras da Câmara Alta, se nenhum senador objeta a um texto de resolução, ele está aprovado por unanimidade.

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