Para o ex-vice-premiê Strache, envio de armas para Zelensky trará mais devastação econômica (AFP)

“Os que pensam que os fornecimentos de armas dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) ajudarão à Ucrânia, simplesmente não pensam de forma realista e acabarão dando conta de seu erro. A ajuda militar ocidental agravará a situação, provocará um terrível sofrimento humano e um número inimaginável de vítimas”, afirmou o ex-vice-chanceler austríaco Heinz-Christian Strache.

Pela advertência do líder austríaco, os governos ocidentais não estão medindo a gravidade das consequências do seu apoio bélico aos ucranianos nem da imposição de sanções à Rússia, medidas que estão cada vez mais isoladas e sendo alvo de protestos em todo o mundo.

Conforme reiterou Strache, o conflito deve ser resolvido o quanto antes pela via diplomática, defendendo a necessidade de que seu país “respeite o princípio de neutralidade” de não permitir o fornecimento de armas ao regime de Kiev através do seu território.

Para o ex-vice-chanceler, as medidas tomadas de afronta à Rússia são ações completamente mal calculadas, que estão se voltando contra os próprios países ocidentais. “Os EUA e a OTAN lançaram uma guerra indireta contra a Rússia na Ucrânia, que também representa uma ameaça à Europa”, explicou.

Lembrou ainda que os europeus terão um outono e inverno dramáticos, pois enfrentarão uma grave escassez de gás e eletricidade, bem como o alto risco de a economia europeia acabar por ser destruída. Por toda a Europa, diante do aumento dos custos de energia e dos riscos iminentes do agravamento do conflito, começaram a pipocar manifestações exigindo negociação e paz.

A Rússia iniciou a operação militar especial, em 24 de fevereiro, com o objetivo de “desmilitarizar” e “desnazificar” o país vizinho, após pedido de ajuda das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) para combater ataques de tropas do presidente Zelensky – apoiadas e treinadas pelo governo dos EUA.

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