Moradores das cidades do Donbass saíram às ruas para celebrar a decisão pela unificação com a Rússia (Vídeo)

“A esmagadora maioria dos eleitores – 99,23% na República Popular de Donetsk; 98,42% na República Popular de Lugansk; 93,11% na província de Zaporizhia e 87,05% na província de Kherson – apoiou a ideia de unir essas regiões com a Rússia”, constatou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia , na quarta-feira (28), divulgando em declaração oficial o resultado dos referendos sobre o ingresso dessas regiões na Federação Russa realizados entre os dias 23 a 27 de setembro.

Sobre a representatividade da votação, esclareceu que: “A participação nas urnas foi: 97,5% na República Popular de Donetsk; 92,6% na República Popular de Lugansk; 85,4% na província de Zaporizhia e 76,9% na província de Kherson”.

“A população de Donbass foi submetida ao extermínio sistemático e cínico durante oito anos. O resultado lógico da política antipopular praticada pelo regime de Kiev foi a decisão dos moradores do Donbass, Kherson e Zaporizhia de buscar a proteção da Rússia”, afirmou o Ministério.

O documento assinalou que “os referendos foram realizados em plena conformidade com as normas e princípios do direito internacional”, apontando que 133 observadores internacionais aos referendos, também reconheceram os resultados como legítimos.

“Em um futuro próximo, temos pela frente uma etapa crucial de nossas ações conjuntas para cumprir as aspirações dos moradores das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, das províncias de Kherson e Zaporizhia de estarem junto com a Rússia”, acrescenta.

À seguir, a íntegra da Declaração:

De 23 a 27 de setembro, nas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, nas províncias de Kherson e Zaporizhia, foram realizados referendos sobre o ingresso dessas regiões na Federação Russa. A esmagadora maioria dos eleitores – 99,23% na República Popular de Donetsk; 98,42% na República Popular de Lugansk; 93,11% na província de Zaporizhia e 87,05% na província de Kherson – apoiou a ideia de unir essas regiões com a Rússia. A participação nas urnas foi: 97,5% na República Popular de Donetsk; 92,6% na República Popular de Lugansk; 85,4% na província de Zaporizhia e 76,9% na província de Kherson.

Apesar das provocações do regime de Kiev, que emitiu ordens criminosas para cometer ataques maciços de artilharia a lugares concorridos e bens civis, as pessoas não tiveram medo de ir às urnas e expressar sua vontade. Os resultados do plebiscito falam por si: Os moradores de Donbass, Kherson e Zaporizhia não querem voltar às suas vidas do último período e fizeram uma escolha consciente e livre em favor da Rússia.

Basicamente não tiveram alternativa. Nem todos na Ucrânia se resignaram e aceitaram o golpe de Estado perpetrado em Kiev em fevereiro de 2014, que levou ao poder forças nacionalistas radicais, desencadeando um massacre sangrento contra os dissidentes no sudeste do país. A assinatura dos acordos de Minsk, aprovados por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, também não salvou a situação. O lado ucraniano, como dizem hoje cinicamente seus representantes, não planejava acatá-los desde o início, mas estava se preparando para a guerra. A população de Donbass foi submetida ao extermínio sistemático e cínico durante oito anos. O resultado lógico da política antipopular praticada pelo regime de Kiev foi a decisão dos moradores de Donbass, Kherson e Zaporizhia de buscar a proteção da Rússia.

Os referendos foram realizados em plena conformidade com as normas e princípios do direito internacional. O povo do Donbass e do sul da Ucrânia exerceu seu legítimo direito à autodeterminação de acordo com a Carta da ONU, os Pactos Internacionais sobre Direitos Humanos de 1966, a Ata Final de Helsinque da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) de 1975, bem como o parecer da Corte Internacional de Justiça sobre Kosovo de 22 de julho de 2010, confirmando que a declaração unilateral de independência por parte de um Estado não viola nenhuma norma de direito internacional.

Os observadores internacionais da Itália, Alemanha, Venezuela, Letônia e outros países (um total de 133 pessoas), que acompanharam o curso dos referendos, também reconheceram os resultados como legítimos. Agradecemos aos especialistas estrangeiros, blogueiros, jornalistas, representantes de organizações públicas por sua valentia, honestidade e objetividade.

Em um futuro próximo, temos pela frente uma etapa crucial de nossas ações conjuntas para cumprir as aspirações dos moradores das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, das províncias de Kherson e Zaporizhia de estarem junto com a Rússia.

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