Universidades atestam segurança das urnas eletrônicas
Presidido pelo ministro Alexandre de Moraes, alvo preferencial de Bolsonaro em seus ataques contra o Judiciário, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou em sua página na internet a informação de que três das mais respeitadas universidades brasileiras – Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – atestaram a segurança e a auditabilidade das urnas eletrônicas.
Em entrevista ao Jornal Nacional, o atual presidente voltou a levantar suspeitas sobre o sistema eleitoral brasileiro. Mas, na análise do modelo 2020 da urna eletrônica, o Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EP-USP) concluiu que o modelo novo da urna testado preserva todas as proteções existentes nas versões anteriores, dotadas de hardware de segurança, criando um cenário similar de resistência a invasões quando utilizadas. De acordo com o coordenador de Tecnologia Eleitoral do TSE, Rafael Azevedo, o conjunto de testes garante a segurança do processo eleitoral.
Em nenhum teste de segurança foi possível alterar o destino e a integridade de uma votação. Os especialistas do Larc também afirmaram que o software da urna é maduro do ponto de vista de segurança e que aplica as técnicas de criptografia e assinatura digital de maneira correta. Além disso, observaram que o Registro Digital do Voto (RDV) foi construído de maneira correta para a garantia do sigilo do voto. A realização do TPS também, e especialmente, para o modelo 2020 da urna eletrônica decorre de sugestão feita pelo Ministério da Defesa e pelas Forças Armadas no âmbito dos trabalhos da Comissão de Transparência nas Eleições (CTE).
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Os especialistas do Centro de Informática da UFPE e do Instituto de Computação da Unicamp analisaram em suas dependências os códigos-fonte do sistema eletrônico de votação e confirmaram a segurança e a confiabilidade dos sistemas. O código-fonte trata-se do código de programação próprio de cada urna, responsável por orientar o funcionamento do equipamento, pois cada urna conta com um software e é por meio desse código que os desenvolvedores escrevem os comandos para a contagem dos votos nas urnas.
“Essa parceria permite, em primeiro lugar, que os códigos-fonte sejam armazenados em instituições idôneas fora do TSE, como uma salvaguarda do que será utilizado nas eleições. E também permite que testes e aprimoramentos sejam realizados num período de tempo bem mais longo”, analisa o chefe da Seção de Voto Informatizado do TSE, Rodrigo Coimbra. Segundo o professor Ricardo Dahab, diretor-geral de Tecnologia da Informação e Comunicação da Unicamp, “nada foi encontrado que possa colocar em dúvida a integridade e a confiabilidade do código-fonte da urna eletrônica brasileira nos aspectos que compõem o objeto do presente trabalho”. O relatório conclui que não há código malicioso na urna que vulnere eventual teste de integridade realizado sem identificação biométrica.
Com informações do portal do TSE