A prisão de Elenovka tinha prisioneiros de guerra da própria Ucrânia que a bombardeou

A Rússia entregou para o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, as provas de que o bombardeio sobre a prisão de Elenovka, durante o qual morreram mais de 50 prisioneiros de guerra ucranianos, foi realizado pela própria Ucrânia e com uso de armas entregues pelos Estados Unidos.

O vice-chanceler russo na ONU, Dmitry Polyanskiy, pediu à “ONU que dê imediatamente uma avaliação objetiva do que aconteceu”, tendo em vista o material que foi entregue.

“Informamos ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que temos provas irrefutáveis da responsabilidade da Ucrânia pelo bombardeio a Elenovka. A ONU não deve se esquivar de condenar este crime do regime de Kiev”, disse Polyanskiy.

O Ministério da Defesa russo convidou a ONU e a Cruz Vermelha para participarem da investigação sobre o bombardeio que foi realizado contra o centro de detenção.

Alexander Fomin, vice-ministro da Defesa da Rússia, disse que a investigação já identificou que o bombardeio foi realizado a partir da direção noroeste.

“A direção da brecha no telhado e a fonte do fogo em Elenovka indicam diretamente que o golpe foi desferido na direção noroeste. O tiroteio foi realizado a partir da trajetória do triângulo Maryinka – Kurakhovo – Sergeeva – Pokrovsky – Udachnaya”, disse. Além disso, foram encontrados no local estilhaços de munições usadas pelos lançadores múltiplos HIMARS, inclusive com número de série visível.

O bombardeio foi feito com o lançador de mísseis HIMARS, que foi entregue à Ucrânia pelos Estados Unidos em seus pacotes de suporte. Pelo menos 53 pessoas morreram, além de 130 feridos. Oito funcionários da prisão também ficaram feridos.

O Ministério da Defesa da Rússia apontou que “toda a responsabilidade política, criminal e moral pelo massacre dos ucranianos recai sobre Zelensky [presidente da Ucrânia] pessoalmente, seu regime criminoso e Washington, que lhes fornece apoio”.

Grande parte dos prisioneiros de guerra de Elenovka eram do Batalhão Azov, capturados depois de terem perdido a batalha por Mariupol.

O Batalhão Azov, que abertamente usa símbolos nazistas e atuava como um grupo paramilitar que apoiava o governo de Kiev contra a população do Donbass, ficou escondido no porão da fábrica Azovstal até se render. Em 2014, ele foi integrado à Guarda Nacional ucraniana, passando a fazer oficialmente parte das Forças Armadas do país.

__
Papiro