Lula e Dilma tiveram os ministérios com maior presença feminina
Um dos temas mais presentes do debate presidencial realizado no domingo (28) foi a situação da mulher no país. O assunto surgiu inclusive numa questão direcionada ao ex-presidente Lula (PT) sobre a paridade na composição do seu ministério. O assunto suscitou polêmicas e colocou em pauta a ocupação dos espaços de poder pelas mulheres, imprescindível para que o Brasil alcance a igualdade de gênero.
Para além da declaração do ex-presidente, é importante que se diga que Lula e depois Dilma Rousseff tiveram a maior proporção de mulheres compondo os ministérios, nos dois governos de ambos: ele com 11, ela com 18.
Após o debate, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) declarou a O Estado de S.Paulo: “Lula sempre teve uma política feminista no governo dele. Poderia ter afirmado um porcentual mínimo, não precisava ter ficado na defensiva. Tem que ter resposta concreta”. A companheira de bancada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) disse que uma decisão como essa no Executivo pode influenciar o Parlamento a fazer o mesmo.
A deputada Tábata Amaral (PSB-SP), por sua vez, chamou atenção para o fato de que parte da composição tem a ver com as indicações das legendas aliadas. “Ao dizer aos partidos ‘me apresentem as melhores indicações de mulheres e negros’, esses nomes vão aparecer”, apontou.
Além da participação das mulheres nos ministérios, também é fato que os governos de Lula e Dilma foram os que mais investiram em políticas públicas para as mulheres e outras que, direta ou indiretamente, procuraram atacar as diversas desigualdades, inclusive as de gênero.
Um exemplo foi a criação, já no primeiro ano de governo do petista, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, com status de ministério, que possibilitou a elaboração do Plano Nacional de Políticas para Mulheres. E em 2006, Lula sancionou a Lei Maria da Penha.
(PL)