Lavrov repudia “ordem neocolonial e racista” sob comando dos EUA
Rejeitamos categoricamente a ‘ordem baseada em regras neocoloniais’ imposta pelo Ocidente liderado pelos EUA”, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguey Lavrov, durante o 5º Fórum Global de Jovens Diplomatas na cidade de Kazan, no sábado (27).
“Esta ordem prevê uma divisão racista do mundo em um grupo privilegiado de países que a priori têm o direito de qualquer ação, e o resto do mundo é obrigado a seguir os rastros desse ‘bilhão de ouro’ e servir aos seus interesses”, assinalou.
Na capital da República do Tartaristão, região autônoma da Federação da Rússia, Lavrov reiterou a adesão aos princípios básicos da Carta da ONU e assinalou que seu país apoiou consistentemente a diversidade cultural dos povos e seu direito de determinar seu próprio caminho.
“A Rússia é a maior potência euro-asiática e do Pacífico, um Estado-civilização e continua concretizando o curso ordeiro de sua política externa, promovendo uma agenda regional e global positiva, unificadora e focada no futuro”, disse.
Nessa linha, o país vem expandindo e aprofundando “a cooperação frutífera com a esmagadora maioria dos membros da comunidade global que representam mais de 80% da população do planeta”, disse Lavrov. Ele se referiu às alianças Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), União Econômica Eurasiática (UEE), Comunidade dos Estados Independentes (CEI), BRICS, Organização para Cooperação de Xangai (OCX) e outras e frisou que o diálogo deve ser intensificado.
“As ambições de países exclusivistas para resolver seus problemas à custa de outros nunca deram frutos”, alertou o ministro das Relações Exteriores russo, e essas “políticas destrutivas” estão fadadas ao fracasso hoje, acrescentou. Segundo Lavrov, atores poderosos e independentes na Ásia, Oriente Médio, América Latina e África “vêm realizando ultimamente uma política externa orientada para os interesses nacionais, fortalecendo a soberania, e eles estão atingindo sucessos impressionantes em vários âmbitos”.
“Então, atualmente existe uma multipolaridade objetiva, e essa realidade geopolítica não pode ser ignorada”, concluiu Lavrov.
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