O PCdoB decidiu por meio de sua Comissão Política Estadual, a qual foi delegada plenos poderes pela Convenção Eleitoral do Partido, alinhado com o Comitê Central, Coligar com a REDE Sustentabilidade tendo Marlón Reis candidato ao Governo do Estado e o companheiro Zé Geraldo do PTB para vice.

Carlos Amastha

Orgulha o PCdoB ter feito parte dos grandes êxitos das duas gestões de Amastha na capital, das duas hercúleas vitórias de 2012 e 2016. Construímos uma base social sólida de apoio as grandes
decisões da gestão. Com o PCdoB e demais aliados, Amastha conquistou a estatura dos grandes
gestores das capitais brasileiras. Caracterizados pela lealdade ao novo projeto de desenvolvimento para o Estado, capitaneado pelo ex-prefeito, trabalhamos pela unidade das forças políticas progressistas, populares e democráticas e dos setores produtivos locais em torno de um projeto de desenvolvimento capaz de tirar o Tocantins da crise. Nós do PCdoB, reafirmamos em inúmeros documentos e resoluções congressuais, que era necessário superar a hegemonia e a alternância de poderes entre os dois grupos tradicionais do Tocantins, do Siqueirismo e da família Miranda.

As condições reais da correlação de forças locais exigiam a construção de uma frente ampla

Na gestão da Capital, a aliança capitaneada pelo ex-prefeito de Palmas, Carlos Enrique Franco
Amastha (PSB) foi nucleada pelos Partidos PSB, PTB, PCdoB, PODEMOS e no processo de
reeleição incorporou o PSDB com a presença da vice-prefeita Cinthia Ribeiro. Em diversas ocasiões essa frente conseguiu reunir em uma única mesa de negociações o Partido dos Trabalhadores, a REDE sustentabilidade, setores produtivos e diversos atores interessados em construir uma alternativa de desenvolvimento independente para o Tocantins.

Eleições suplementares

O resultado das eleições suplementares apontaram a necessidade de unificação do bloco de oposição e de maior amplitude do grupo, capaz de garantir a capilaridade do projeto no interior e nos setores médios da sociedade. O PCdoB trabalhou para aglutinar em torno de Carlos Enrique Franco Amastha diversas forças progressistas como o REDE Sustentabilidade de Marlón Reis, o PT de Paulo Mourão e partidos como o PDT e PSD, visando à viabilidade eleitoral e programática nas eleições de outubro e a governabilidade do projeto de transformação para o Tocantins.

O erro tático passou a ser estratégico

Os movimentos políticos realizados pela articulação central do ex-prefeito optaram por excluir a aliança com o campo progressista e hegemonizar a aliança com a base do governo de Michel Temer, o MDB de Marcelo Miranda e de Dulce Miranda, o PR de Vicente Alves, o PSDB de Ataídes
Oliveira, Olintho Neto e Luana Ribeiro (estes últimos base da reeleição do governo de Mauro
Carlesse).

O PCdoB, entendeu que foi um erro tático grave a aliança com a totalidade desses setores
conservadores, em especial o MDB com a exclusão do campo progressista. Concordamos com a
amplitude de aliança com o PR e o PSDB. Ainda assim, o Partido entendia ser possível manter-nos no grupo, dada a aliança histórica com Carlos Amastha, a indicação de Stival (PSDB) para o cargo de vice-governador, incorporando o setor produtivo no projeto e considerando a acordo realizado no dia 04 de agosto de 2018, onde o PCdoB, PSB, PODEMOS, PSC e PTB, constituiriam um bloco proporcional capaz de eleger 3 ou 4 deputados estaduais progressistas que dariam sustentabilidade no parlamento para governar o Tocantins e implantar o projeto de transformação.

As 18h15min do dia 05 de agosto de 2018, na iminência de iniciar a Convenção Eleitoral do PSB, o PCdoB foi informado do rompimento do acordo da chapa proporcional e da imposição unilateral de um “chapão” com PSDB, PR e MDB, o que projetaria a reeleição de pelo menos 6 ou 7 deputados estaduais do MDB, PR e PSDB e a duvidosa eleição de um único deputado estadual progressista da base original de Carlos Amastha. Esse possível resultado, inviabilizaria a governabilidade e a implantação de um projeto de transformação para o Tocantins, excluindo qualquer viabilidade eleitoral do PCdoB, PODEMOS, PTB e do próprio PSB de Amastha. Infelizmente, a aliança proporcional de deputados federais e estaduais da coligação do PSB foi transformada em uma grande engenharia eleitoral de manutenção no poder da família Miranda e de importantes setores conservadores no Tocantins. O PCdoB não será combustível desta máquina, nem força tática do projeto dos Mirandas.

A ruptura do acordo por parte da articulação central de Carlos Amastha, a falta de franqueza e de diálogo, o pragmatismo vazio das “planilhas dos currais eleitorais”, obrigou o PCdoB a retirar-se da aliança, identificando na Candidatura de Marlón Reis (REDE) maior amplitude, viabilidade eleitoral e robustez programática para a implantação de um novo projeto de desenvolvimento para o Estado do Tocantis e a transformação que o povo tocantinense tanto espera. Entendemos que o primeiro turno das eleições deverá ser um momento de construção de maduros debates entre os diversos projetos que se apresentam ao Tocantins, garantindo espaços de respeito e diálogo entre as candidaturas de oposição, visando a unidade sólida no possível segundo turno eleitoral.

Diante disto, o PCdoB orienta ao conjunto da militância, amigos e simpatizantes a consolidar todos os esforços no primeiro turno das eleições de 2018 com:

Haddad (PT) e Manuela d’Ávlia (PCdoB) – Presidência da República
Marlón Reis (REDE) e Zé Geraldo (PTB) – Governo do Tocantins
Paulo Mourão (PT) com a camarada Prof. Germana (PCdoB) na suplência – Senado
Irajá Abreu (PSD) – Senado
João Lucas (PCdoB) – Deputado Federal
dr. Nésio Fernandes (PCdoB) – Deputado Estadual
Elpídio da Renovação Carismática Católica – Deputado Estadual
Marquinhos Karajá – Deputado Estadual
Duende de Taquarussu – Deputado Estadual
Firmes na luta!

Unidade pelo Tocantins!

Palmas, 7 de agosto de 2018.

Nésio Fernandes de Medeiros Junior
Presidente Estadual do PCdoB
Membro do Comitê Central

Germana Pires Coriolano
Vice-presidente Estadual do PCdoB