Por Emilia Fernandes*

Nestes tempos de grandes desafios e retrocessos o PCdoB resiste, avança, se mobiliza e se revigora como força democrática para reestruturar o País, conjuntamente com amplas forças políticas, sociais, populares, mulheres, jovens, movimentos negros, LGBTI, trabalhadores(as) do campo, da cidade para dizer não ao fascismo genocida que se implantou no Brasil, tirando milhares de vidas, destruindo direitos, aviltando a soberania nacional e colocando milhões de pessoas na pobreza, no desemprego, na fome e nas ruas com seus direitos agredidos e, cidadania aviltada.

Às vésperas dos 100 anos do PCdoB, e neste processo de Conferências e 15º Congresso, a voz de liberdade, de esperança e de clamor popular ecoa por todos os recantos do Brasil. Mais uma vez o partido dá um exemplo de unidade, de coerência, de amor ao nosso povo. Diante dos desmandos do governo federal, desrespeito à vida, à ciência, às vacinas, nós em redes e nas ruas levantamos nossa voz, erguemos nossos braços e fechamos nossos punhos em sinal de resistência, defendo o Brasil e, afirmamos: “estamos mais do que nunca vivos, não vamos nos curvar e nossa unidade é morada e trincheira de luta, contra o retrocesso e a tentativa de destruição do Brasil”.

Mais do nunca, não podemos nos calar diante do desgoverno negacionista, do vexame nacional e internacional, que retira conquistas da classe trabalhadora, das mulheres, que defende o ódio, o preconceito, o racismo e agride a Constituição Federal e os Poderes constituídos. Os entreguistas não podem ficar impunes, não podem falar em nome de Deus, nem sequestrar os símbolos brasileiros – a bandeira, o verde e o amarelo, que são patrimônios do nosso povo e, por todos nós deve ser retomado, nas ruas, nas praças, nas urnas e no cumprimento das leis e da justiça.

Nós mulheres, maioria da população brasileira, somos muitas e diversas, estamos em todos os lugares, representamos grande parte da força de trabalho deste país, e somos ainda sub-representadas na política e nos espaços de poder. Portanto, é inadmissível continuarmos na opressão, na retirada de direitos, na sobrecarga de tarefas domésticas, cuidados com filhos e familiares e, morrendo pela violência e o feminicidio.

Precisamos, podemos e queremos condições para potencializar nossa ação política e ter garantido, nas redes e nas ruas, nossos direitos de trabalhar, de estudar, de lazer, de cultura e acima de tudo, de escolas, creches e saúde de qualidade, com empregos e salários dignos.

O Brasil pede socorro!  A aprovação das Federações Partidárias sopra como um vento de esperanças, de novas possibilidades, de novas forças para a democracia em nosso País. Para isso precisamos fortalecer, ampliar e elaborar no conjunto das forças democráticas um projeto de reconstrução nacional, de fortalecimento da Nação, de desenvolvimento soberano, com investimentos públicos, empresas nacionais estimuladas, de resgate do trabalho como centro do desenvolvimento, em defesa da vida, com recursos para a educação e a saúde. Um SUS valorizado e fortalecido, cada vez mais, à altura destes novos tempos…

Precisamos, para isso, estar sempre com o povo nas lutas cotidianas, buscando ampliar e atualizar nossas formas de atuação, de comunicação e de mobilização. “Organizar e dar vida as bases partidárias, enraizando nossa atuação nas cidades, nos bairros, nos locais de trabalho, de estudo, ouvindo, acolhendo os anseios, o potencial e as especificidades da realidade concreta de nosso povo”.

Temos certeza de que a partir do nosso 15º Congresso, o PCdoB estará cada vez mais forte, mobilizado e com seu entusiasmo libertário renovado para em unidade com amplas forças democráticas marchar na direção da luz, da esperança e da construção de uma Pátria soberana, caminhando lado a lado com quem realmente tem compromisso com a Democracia e uma Nação Livre, com sua natureza preservada e povos originários respeitados, potencialmente desenvolvida com justiça social, empregos, comida, saúde, educação, segurança, moradia e dignidade para todos e todas. Viva o PCdoB!

 

*Professora. Ex-Senadora pelo Rio Grande do Sul. Dirigente do PCdoB-DF.