Por Jade Santana Linhares*

O PCdoB tem se empenhado cada vez mais em fazer uma comunicação integrada, eficiente e à altura dos desafios políticos e eleitorais da conjuntura atual.

Além de publicar e divulgar nossas ideias, o PCdoB tem colocado como objetivo manter uma interação contínua do partido junto a seus seguidores e militantes nas redes sociais, para solucionar dúvidas e enfrentar os debates permanentes nas redes sociais.

O mundo virtual é extremamente dinâmico, e a observação diária da reação dos nossos seguidores é indispensável para a realização de um trabalho eficiente nesta frente de luta.

Mas além da política de interação na comunicação é preciso utilizar essa experiência de forma crítica. Muitas vezes, fica patente ao observarmos nas nossas redes que é preciso uma maior conexão com nossas bases e nossa militância. Há um potencial de mobilização ainda não alcançado. Em nossas redes pessoas nos procuram para se filiar, conhecer melhor o partido e de se atualizarem.

Existe uma busca constante pelo PCdoB e pelos comunistas, mas não é raro encontrar militantes que se surpreendem com as nossas decisões. Muitos são influenciados por forças políticas aliadas que nos criticam e nos atacam, principalmente quando fazemos flexões táticas. A comunicação faz um esforço constante para enfrentar esse debate, mas essa tarefa não é exclusiva da comunicação e dos secretários da área. É uma tarefa de toda a direção e de todos os quadros do PCdoB. É fundamental que a luta de ideias seja enfrentada em todos os lugares. Hoje, o posicionamento de um militante nas suas redes sociais ganha um caráter elevado. Para seu círculo de amizades e referências as suas postagens nas redes têm muito mais peso que as postagens ou mensagens do partido.

Vivemos a chamada revolução 4.0, que demanda mais conectividade nas relações humanas, e o PCdoB precisa ter capacidade de se colocar e localizar nesse novo cenário, onde o virtual e real se misturam e se confundem.

Além de assumirmos a tarefa de falar mais e com mais cuidado sobre as ações do Partido, temos que exercitar a virtude de ouvir. Sim, ouvir mais. Não podemos reduzir o local da escuta somente às Conferências, às reuniões de Base ou aos Congressos.

Todas as nossas ações precisam ter no centro a preocupação em nos conectarmos com a nossa base e de como chegar a mais pessoas. A organicidade do nosso partido também depende dessas ações. As distâncias precisam ser reduzidas e as direções municipais, estaduais e nacionais precisam ser mais acessíveis.

Somos procurados e questionados sobre quando nossas decisões ou estratégias foram debatidas com as nossas bases. Esse é um questionamento legítimo, que pode e deve ser enfrentado. Mas é muito comum ouvirmos que é “preciso esperar um material do nacional”. Camaradas, a direção nacional conduz o partido por uma trilha estreita e clara que é nossa formulação política. Não há surpresas e muito menos desvios ou atalhos. A tarefa de ouvir, dialogar e enfrentar as críticas é de cada um de nós, sem exceção.

Ocupar as redes também precisa ser uma prioridade para todos e não só para os órgãos e instâncias partidárias.

Os ataques vindos de inimigos e aliados precisam ser respondidos por cada militante e dirigente do Partido. Um ataque a uma dirigente ou a um militante deve ser respondido da mesma forma, com firmeza e coragem. Não temos espaço para titubeios e a “terceirização” da defesa dos comunistas.

É preciso que a participação nas redes também seja vista como uma tarefa de toda a nossa militância e que seja um novo costume compartilhar os materiais produzidos por todos nós. O PCdoB é um partido centenário e indispensável para democracia que sempre se colocou no centro da disputa política ao longo de toda a sua história. E agora não é diferente, mas isso tem um preço.

Não temos dúvidas de que estamos do lado certo da história. Não temos dúvidas de que temos um valor estratégico que é a nossa inteligência coletiva.

Mas precisamos ir além. O PCdoB deu um salto quantitativo e qualitativo nas redes sociais. Isso precisa ser reconhecido e valorizado. Mas termos uma equipe de redes dedicada, uma Secretaria Nacional de Comunicação atuante e competente e uma rede de sites e portais de altíssimo nível somente não basta. Precisaremos incorporar ao cotidiano militante a missão de defender nosso partido e nossa linha política em todos os lugares, o tempo todo.

Tomando emprestada a frase dita pela comunista Olga Benário: lutamos “pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo”.

Não temos medo e nem vergonha desse legado.

Essa é nossa luta, essa é nossa vida!

 

*Integrante da equipe de Redes Nacional do PCdoB. Membra do OB de Comunicadores do PCdoB-DF.