Depredações do Congresso, STF e Palácio do Planalto foram condenadas por autoridades internacionais (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Do mundo todo estão chegando as manifestações de governos e entidades internacionais em apoio à democracia e ao presidente Lula, e de repúdio à invasão e depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF neste domingo, por terroristas bolsonaristas.

O presidente norte-americano, Joe Biden condenou os atentado. “Eu condeno o ataque à democracia e à transferência pacífica do poder no Brasil. A democracia e as instituições brasileiras têm nosso total apoio e a vontade do povo brasileiro não pode ser minada. Eu estou ansioso para continuar trabalhando com Lula”, afirmou Biden.

“Condenamos os ataques à Presidência, ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal hoje. Usar a violência é sempre inaceitável. Nós nos juntamos a Lula para pedir o fim imediato dessas ações”, destacou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.

O deputado norte-americano que fez parte do comitê legislativo que investigou a invasão do Capitólio há dois anos, Jamie Raskin, afirmou que “as democracias do mundo precisam agir rapidamente para deixar claro que não haverá apoio” aos criminosos de direita. Ele assinalou que os fascistas repetem a receita de Donald Trump e precisam terminar na “prisão”.

A União Europeia, através de seu embaixador em Brasília, Ignacio Ybánez, expressou “todo o apoio às instituições brasileiras”, acrescentando que Bruxelas seguia com “grande preocupação os atos antidemocráticos”.

“Aqueles que tentam desrespeitar a vontade da maioria ameaçam a democracia e merecem não só a sanção legal correspondente, mas também a rejeição absoluta da comunidade internacional. Quero expressar meu repúdio ao que está acontecendo em Brasília. Meu apoio incondicional e do povo argentino a Lula diante dessa tentativa de golpe que vocês estão enfrentando”, pronunciou-se o presidente da Argentina, Alberto Fernández.

“Demonstremos com firmeza e unidade nossa total adesão ao governo Lula, eleito democraticamente pelos brasileiros. Estamos juntos com o povo brasileiro para defender a democracia e não permitir, nunca mais, a volta dos fantasmas golpistas promovidos pela direita”, afirmou o presidente francês, Emmanuel Macron.

“A vontade do povo brasileiro e das instituições democráticas deve ser respeitada! O presidente Lula pode contar com o apoio inabalável da França”, ele acrescentou.

A Organização dos Estados Americanos (OEA), “condenou o ataque às instituições em Brasília”, com seu secretário-geral, Luiz Almagro, classificando tais atos como de “natureza fascista”. A CELAC – a entidade que congrega os países da América Latina e Caribe – manifestou seu “respaldo ao governo Lula”.

“Condenável e antidemocrática a tentativa de golpe dos conservadores no Brasil incentivados pelas lideranças do poder oligárquico, seus porta-vozes e fanáticos. Lula não está sozinho, tem o apoio das forças progressistas de seu país, do México, do continente americano e do mundo”, afirmou o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador.

De Cuba, a mensagem do presidente Miguel Díaz-Canel: “Condenamos veementemente os atos violentos e antidemocráticos ocorridos no Brasil, com o objetivo de gerar caos e desrespeitar a vontade popular manifestada com a eleição do presidente Lula. Expressamos todo nosso apoio e solidariedade a Lula e a seu governo.”

“Todo meu apoio ao presidente Lula e às instituições eleitas livre e democraticamente pelo povo brasileiro. Condenamos veementemente o assalto ao Congresso do Brasil e pedimos o retorno imediato à normalidade democrática”, assinalou o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.

O governo português “condenou as ações de violência e desordem que tiveram lugar em Brasília, reiterando o seu apoio inequívoco às autoridades brasileiras na reposição da ordem e da legalidade”.

Mais apoios da América do Sul. “Ataque inaceitável aos três poderes do Estado brasileiro pelos bolsonaristas. O governo brasileiro tem todo o nosso apoio diante desse covarde e vil ataque à democracia”, afirmou o presidente do Chile, Gabriel Boric.

“Toda minha solidariedade a Lula e ao povo do Brasil. O fascismo decide atacar. As direitas não têm conseguido manter o pacto de não-violência. É hora urgente da reunião da OEA se ela quiser seguir viva como instituição e aplicar a carta democrática”, enfatizou o presidente da Colômbia, Gustavo Petro.

“Condeno as ações de desrespeito e vandalismo perpetradas contra as instituições democráticas de Brasília, pois atentam contra a ordem democrática e a segurança cidadã. Manifesto o meu apoio e o do meu governo ao regime legalmente constituído de Lula”, disse o presidente do Equador, Guillermo Lasso.

“Rejeitamos categoricamente a violência gerada pelos grupos neofascistas de Bolsonaro que têm agredido as instituições democráticas do Brasil”, afirmou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. “Nosso apoio a Lula e ao povo brasileiro que, com certeza, se mobilizará em defesa da paz e de seu presidente.”

Grande parte da comunidade internacional saiu em apoio à democracia no Brasil e ao governo Lula. Assim que o resultado da eleição foi anunciado pelo TSE em 31 de outubro passado, em 48 horas mais de 100 países tinham reconhecido a derrota de Bolsonaro. Na posse de Lula, um número recorde de chefes de Estado e de governo e de delegações estrangeiras se fez presente.

Papiro (BL)