Embalado pela alta nas exportações, o PIB (Produto Interno Bruto) da China surpreendeu o mercado e cresceu 5,3% no primeiro trimestre de 2023. É o que apontam dados do Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS) divulgados nesta terça-feira (16).

Analistas do mercado ouvidos pela Reuters previam, em média, um crescimento de 4,6%. Já economistas consultados pelo The Wall Street Journal cogitavam um crescimento maior, mas de apenas de 5%. Para a consultoria chinesa Wind, o índice estimado era de 4,9%. Todos erraram.

Com a boa notícia, a China alcançou um PIB de 29,63 trilhões de yuans (o equivalente a US$ 4,17 trilhões – ou a quase R$ 22 trilhões). De acordo com o vice-diretor do NBS, Sheng Laiyun, o trimestre foi marcado pelo aumento na demanda de produção e estabilidade nos preços.

Embora as importações no primeiro trimestre tenham crescido 5%, houve uma expressiva variação nas exportações, que saltaram 4,9%. Conforme a Dow Jones Newswires, a atuação do Estado chinês, sob a liderança do Partido Comunista, foi decisiva para o resultado, graças ao estímulo à “produção industrial em áreas como veículos elétricos e equipamentos de energia renovável”.

Com isso, é possível que o país revise para cima a meta de crescimento em 2024, hoje projetada em 5%. No ano passado, o PIB chinês saltou 5,2%. Para manter o ritmo, a China precisará olhar novamente o setor industrial, que está em ligeira desaceleração. Após crescer 7% em janeiro e fevereiro, a industrial avançou 4,5% em março.

“De modo geral, a economia nacional começou bem, com acumulação de fatores positivos, estabelecendo uma base sólida para atingir as metas anuais. Porém, devemos estar cientes de que o ambiente externo está se tornando mais complexo, severo e incerto – e que as bases para um crescimento estável e sólido ainda não são sólidas”, concluiu o NBS.