12- Temos em nosso Partido excelentes quadros, com grande capacidade política e teórica, mas, muitos estão fora das organizações de base e, mesmo fora de outras instancias de direção partidária.

Por Marcelo Toledo*

13- A mesma conclusão serve para nossos quadros dirigentes sindicais, camaradas com muitas capacidades políticas e teóricas, entretanto, dedicam tudo ao movimento sindical e nada ou muito pouco ao Partido.

14-A teoria e as formas de organização do nosso Partido, não surgiram do além, da vontade pessoal de uma determinada pessoa, mas foi fruto da necessidade objetiva da luta de classes em seu processo histórico, que se materializou na grandiosa experiência do processo revolucionário na Rússia Czarista, sob a direção de Lenin. O Partido de novo tipo, construído e teorizado por Lenin foi posto à prova na grande vitória da revolução bolchevique. Na mesma forma e proporção que outros ramos da ciência, como a física, por exemplo, que só se transforma em teoria aceita depois de passar por experimentação cientifica e comprovada, assim é a nossa ciência social, assim é a nossa experiência histórica do método Leninista de organização.

15- O Partido Leninista, é exatamente isso, passou pela experimentação científica, não só mostrou sua eficácia na revolução Russa, mas em tantas outras revoluções dirigidas pelos Partidos Comunistas, foi assim na Coreia do Norte, na China, no Vietnã, em Cuba, no Laos, na Albânia.

16- Mesmo no poder, quando se enfraquece o Partido e sua estrutura Leninista, corre-se o risco de perder o horizonte revolucionário e o próprio poder político. Pode ser exatamente isso, dentre outras coisas, o que pode ter contribuído para o fim da União Soviética e com a própria Albânia.

17- Temos que enfrentar essa questão de frente e direcionar os quadros à grandiosa tarefa de estruturar o Partido a partir das bases, e fazê-las terem vida orgânica, ativas em suas áreas de atuação.

18- Dentre as várias questões do conceito Leninista de organização, que compõem o centralismo democrático, que são:

19-Democracia interna – Unidade Política e teórica – Unidade na ação – submissão da minoria à maioria – submissão dos órgãos inferiores aos superiores – exercer a crítica e autocrítica de forma consciente e responsável – pagar a contribuição financeira estabelecida – e militar em uma de suas organizações de base, quero destacar inicialmente duas premissas: A contribuição financeira e militar em uma das organizações de base.

20- A máxima, de que as organizações de base devem ser estruturadas a partir dos locais de trabalho, de moradia e de estudos, dever ser abraçado com carinho e determinação pelos nossos quadros e militantes.

21- Manter o Partido funcionando, requer além da consciência avançada dos quadros e militantes, capacidade financeira, pois, sem dinheiro fica quase que impossível desenvolver o projeto partidário e torna-lo visível na disputa da hegemonia na sociedade. O princípio da contribuição financeira ao Partido significa o compromisso ideológico com os fundamentos estatutário e programático da organização, além de que, demonstra o compromisso político e ideológico com os propósitos estratégicos e revolucionários do Partido. A dificuldade na arrecadação pode significar e demonstrar as nossas fraquezas organizativas do ponto de vista ideológicas dos nossos militantes.

22- Militar em uma das organizações do Partido é uma das questões fundamentais para a fortificação das nossas ideias do ponto de vista Socialista e Revolucionário, pois, sem uma organização disciplinada, centralizada e com ligação estreita com o povo, particularmente com o Proletariado, não cumpriremos os objetivos estratégicos de construirmos o caminho ao Socialismo em nosso País. Militar em umas das organizações de base, objetivamente, deve ser a tarefa número um de todo o coletivo Partidário.

23- O Brasil tem hoje 206 milhões de habitantes, com dimensões continentais, onde só em seis capitais, São Paulo, Recife, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Rio Grande do Sul, temos aproximadamente vinte e três milhões de trabalhadores com carteira assinada, se levarmos em consideração todo o Brasil, podemos chegar a cinquenta milhões de pessoas com carteira assinada, isso patenteia a enorme tarefa política e organizativa do Partido Comunistas do Brasil na disputa pela hegemonia, da luta revolucionária e os desafios que temos pela frente.

24- O momento e os desafios históricos exigem a existência de um PC do B estruturado na classe trabalhadora, nos centros vitais da luta de classes, e que se torne uma organização viva, forte e do tamanho das nossas ideias!

Viva O Proletariado de todos os Países!

Viva O 14º Congresso do PCdoB!

Viva o Socialismo!

*Metalúrgico- Ferramenteiro