A repressão sofrida pelos comunistas, desde de sua fundação, em 1922, fala muito sobre o caráter do Estado Burguês. Quando se é necessário para classe dominante, se instaura a ditadura escancarada e somos exterminados. Logo depois, tentam apagar a história e mostrar um lado “democrático” através de seus aparelhos midiáticos.

Por Izabel Catão*

São diversos instrumentos para a manipulação do povo, não é à toa que o Capitalismo vive de crises. Sendo assim, o modelo de ditadura mudou. Acompanhamos de perto como o povo da América Latina é golpeado, assim como, nosso Brasil.  O golpe continua sendo financiado pelos Estados Unidos, mas de começo, sem tanques nas ruas, sem a perda do seu título de eleitor. O modelo atual de golpe, é perder nas urnas através de uma campanha midiática suja. Porém, aí está uma contradição que nunca perde a característica, a repressão é retomada de acordo com a resistência do povo e a necessidade da burguesia.

Acompanhando este momento da conjuntura, analisar é fundamental e como próprio Marx disse: “A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”. Devemos estar preparados para o pior, camaradas. Coloco como assertivo o posicionamento de construir Frente Ampla, mas também defendo que devemos nos mostrar para o povo com o nosso projeto em 2018. Não é admissível que o PCdoB perca sua legenda política, e se assim ocorrer, não é admissível sermos presos, torturados ou tombar de novo. O ódio contra a classe dominante deve se manter sempre vivo.

Devemos lembrar sempre que o golpe ainda está em curso, e com tudo que disse acima, acredito que seria essencial em nossa tese, um ponto falando sobre a segurança do Partido. Este debate não pode ser negligenciado quando falamos com tanta seriedade do golpe no Brasil e assistimos guerra em todo o mundo.

Observamos a história se repetindo, os comunistas não podem estar despreparados. Devo lembrar que preparação não é apenas física, já que essa geração é a que mais tem índices de depressão. O Capitalismo utiliza de seus instrumentos para formar trabalhadores mais tristes e mais consumidores. O instrumento de tortura psicológica atinge diretamente os comunistas, sempre com a sensação de pânico e perseguição, já que encaramos o Capitalismo com outros olhos, com consciência de classe.

Venceremos!

*Militante da UJS e do PCdoB, atuante no Rio de Janeiro.